today777 é confiável - A Sala Redenção, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), recebe a mostra Documentário

Documentário e Milittoday777 é confiável -ância na Ditadura- Reflexões e Impactos

A Sala Redenção, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), recebe a mostra Documentário e Militância na Ditadura Militar entre os dias 25 a 28 de março. Com curadoria de Duda Ribeiro, a programação apresenta 11 documentários sobre diferentes movimentos sociais produzidos na época da ditadura.

As sessões acontecem às 16h e às 19h, têm entrada franca e são abertas à comunidade em geral. O cinema da UFRGS está localizado no campus centro da Universidade, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333.

As exibições dos filmes estão organizadas em três eixos temáticos de lutas sociais. O eixo "Reforma Agrária" aborda a luta por terras, enquanto "O Operariado Paulista" reúne filmes que clamam por melhores condições de trabalho. Por fim, "O Indizível" apresenta documentários que abordam diferentes pautas, como as crianças em situação de rua ou a denúncia às torturas e assassinatos da ditadura.

Descomemoração dos 60 anos do golpe civil-militar no Brasil

De acordo com a programação, a mostra tem como objetivo aprofundar a reflexão sobre as lutas sociais. As projeções são acompanhadas de uma contextualização das obras, além de uma conversa com estudiosos da área de comunicação e cinema.

'Soterrados pelo fluxo incessante do cinema comercial'

A mostra de cinema é fruto da tese de doutorado de Duda Ribeiro, defendida em 2023 no Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFRGS. Em seu estudo, a pesquisadora aborda as obras audiovisuais brasileiras que atuam como ferramenta de denúncia e de intervenção em conflitos.

De acordo com Duda, durante a ditadura militar iniciada em 1964 foram realizados dezenas de documentários junto aos movimentos sociais ou como ferramentas nas lutas e demandas populares. Contudo, foram sufocados pela repressão.

"Eles têm até hoje uma visibilidade muito menor que a imensa beleza e coragem que os compõem. É por serem filmes 'menores', por serem tecnicamente 'simples', que puderam adentrar os sertões, as vielas, as ocupações, escutar os murmúrios dos silenciados e se depararem com urgências e realidades inalcançáveis aos filmes de estúdio", expõe a curadora.

Segundo observa Duda, por não dependerem da corpulenta parafernália que requer o "grande cinema", os filmes puderam transitar mais despercebidos, mais horizontalmente, entre o próprio povo. "Ainda hoje esses documentários são soterrados pelo fluxo incessante do cinema comercial que habita as salas de cinema multiplex, e são também, a um só tempo, escanteado pelo crivo dos festivais de cinema que priorizam acima de tudo a 'arte' e o 'novo'", ressalta.

Ela pontua que dentre esse cinema "menor", discreto, que correu às margens do culto aos proclamados grandes autores e gênios, encontram-se silenciosamente algumas das obras de mais alta importância, coragem e beleza do cinema brasileiro. Essa mostra, que ocorre em função dos 60 anos do golpe, e também como fruto de uma pesquisa de doutorado defendida no PPGCOM Ufrgs em 2023, que busca dar visibilidade a alguns desses filmes.

Programação

Sessões Reforma Agrária

25 de março | segunda-feira | 16h – Exibição de "Terra para Rose" + Conversa com Guilherme Almeida

27 de março | quarta-feira | 19h – Exibição de "Terra para Rose" e "Maioria Absoluta" + Conversa com Felipe Xavier Diniz

Terra para Rose (dir. Tetê Moraes | Brasil | 1987 | 88 min)

O filme registra a ocupação de uma fazenda no Rio Grande do Sul e investiga as políticas de reforma agrária no Brasil da Nova República e a atuação do MST. Para isso, aborda a história de Rose, uma das líderes cujo sonho é ter um pedaço de terra.

Maioria Absoluta (dir. Leon Hirszman | Brasil | 1964 | 18 min)

Filmado em som direto, o documentário retrata o cotidiano dos trabalhadores rurais analfabetos do Nordeste que vivem na extrema miséria. O filme ficou proibido no Brasil até 1980, período em que foi exibido fora do Brasil.

Sessões O Indizível

25 de março | segunda-feira | 19h – Exibição de "Cacau", "Teremos Infância", "Você também pode dar um presunto legal" e "Fim de Semana" + Conversa com Igor Porto

27 de março | quarta-feira | 16h – Exibição de "Cacau", "Teremos Infância" e "Você também pode dar um presunto legal" + Conversa com Naara Fontinele

Cacau (dir. Leon Hirszman | Brasil | 1976 | 9 min)

Cantos de Trabalho é uma trilogia de Leon Hirszman, formada por Mutirão, Cacau e Cana-de-açúcar, três documentários de curta-metragem que registram as cantorias dos trabalhadores na zona rural do Nordeste.

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